Escrita cerca do ano 50 a 60 d.C
Tiago, primo de Jesus, martirizado em 62 , foi dirigente da primitiva comunidade cristão de Jerusalém. Estamos na Palestina da segunda metade do século I, quando houve forte agitação social de uma parcela dos judeus que se insurgiam contra a dominação opressora do Império Romano. Tiago prega o mandamento do amor como “lei perfeita da liberdade’. Coloca-se ao lado do pobre, das viúvas, dos órfãos—os mais destituídos de então—e defende sua dignidade e seus direitos. No texto escolhido abaixo proclama-se contra toda forma de racismo, de discriminação social. É assim, uma forte pedra na construção milenar na construção dos direitos dos mais destituídos e contra toda forma de distinção. Professora Maria Luiza Marcilio
“Meus irmãos, a fé que tendes em Nosso Senhor Jesus Cristo, glorificado, não deve admitir acepção de pessoas. Se, pois, em vossa reunião entrar um homem com anel de ouro no dedo e ricos trajes, e também, um pobre, com roupa surrada, e se dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: ‘ Senta-te aqui neste lugar confortável’, enquanto ao pobre dizeis: ‘Fica ali em pé’, ou então: ‘Senta-se aqui no chão aos meus pés’, acaso não estais fazendo distinção entre vós? E, não vos tornastes juizes de princípios injustos?
Ouvi, meus queridos irmãos, escutai: Deus não escolheu os pobres deste mundo, para serem ricos na fé e herdeiros do reino, que prometeu aos que o ama?”. Tg 2, 1-5